Ontem foi um dia histórico. É um clichê, mas tenho que sucumbir ao mesmo: Barack Hussein Obama se tornou o 44º presidente dos Estados Unidos da América.
21 de jan. de 2009
absolutos vs. relativos (i.e. limites & liberdades)
Ontem foi um dia histórico. É um clichê, mas tenho que sucumbir ao mesmo: Barack Hussein Obama se tornou o 44º presidente dos Estados Unidos da América.
10 de jan. de 2009
derrubando mitos
Neste último mês pude realizar algumas Santas Ceias no meu distrito pastoral e me deparei, mais uma vez, com um mito que persiste não somente nas Congregações das quais cuido, mas aparentemente no meio evangélico em geral. Argumenta-se que quando não estou bem com o meu próximo não devo participar desta principal festa cristã ("... Santa Ceia não é para conversão de pecadores e sim para edificação de discípulos" segundo Spurgeon, cujas idéias eu utilizo como fonte de motivação e inspiração para este post).
Tenho tentado me dedicar à erradicação deste falso mito, mas percebo cada vez mais quantas coisas nós fazemos no piloto automático (e realmente me incluo neste 'nós') sem de fato compreender o que estamos fazendo ou o que está por trás de cada ato. Convenhamos, é tão mais fácil viver a vida de forma aparentemente livre, leve e solta em vez de refletir em cada ato e atitude. É, de fato, muito cansativo...
Foi há relativamente pouco tempo que eu me dei conta de que a visão tradicional a respeito do pré-requisito para participar da Santa Ceia estava profundamente equivocada. O texto diz pura e simplesmente “Examine-se, pois, o homem a sim mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice.” I Co 11:28 (ênfase minha)
Segundo o texto o único pré-requisito é o auto-exame, a auto-avaliação... o olhar no espelho. E o mais interessante é que não é um pré-requisito eliminatório. O texto não diz que depois de me examinar eu possa decidir se eu devo participar ou não. Esta opção não foi dada! Paulo fala que “e assim” eu devo prosseguir e participar do pão e do cálice, dos símbolos que representam a minha aceitação da morte de Cristo em meu lugar.
Fiz questão de dar uma olhadela na palavra original em grego (οὕτω - houtō) e não tem escapatória: tanto a auto-avaliação como a participação na Ceia do Senhor são obrigatórias. Participar indignamente é participar sem se examinar, sem se preparar, sem olhar a fundo para si mesmo e compreender onde eu estou espiritualmente e o quanto eu ainda preciso crescer.
Ai daquele ou daquela que depois dessa avaliação chegar à conclusão de que pode participar dignamente desta festa espiritual. É exatamente este resultado que mostraria quão profundamente equivocado eu estaria e demonstra que não há verdadeira compreensão do que significa a morte Dele em nosso lugar... afinal, nunca seremos merecedores e dignos por conta própria para receber este presente. É a Misericórdia de Deus que nos dá a chance da Salvação de graça, realidade que é celebrada na ceia do Senhor.
O resultado do “examine-se” deve ser 1) a compreensão profunda de que não sou digno e 2) uma análise realista a respeito da minha caminhada com Deus conduzida pelo Espírito Santo. Conseqüentemente eu irei, com ajuda Dele, ver onde preciso crescer, quanto mais tempo precisarei passar com Ele e quanto mais eu devo amar o meu próximo, pois Ele me dá poder para isso. Compreendendo o meu estado de indignidade pessoal e com metas espirituais específicas eu participo não sozinho, mas com semelhantes nessa caminhada que são igualmente indignos. Ao participar da Ceia com esta consciência eu passo a discernir o corpo de Cristo (I Co 11:29) que é o seu povo, o meu irmão e irmã, aqui na Terra. Como indignos participamos juntos da Graça e Misericórdia de Deus para conosco, conscientes de que somos um Nele.
O resultado de uma Santa Ceia de forma consciente é infalível. Conscientiza, une, restaura relacionamentos (com Ele e com o próximo) e objetivos, fazendo com que todos se sintam um.
Nunca, repito NUNCA eu devo deixar de participar de uma oportunidade dessas. A maldição que recai sobre o participar indignamente é a mesma para quem não participa: é a maldição da não-salvação... da perdição.
De repente em outro post descrevo algumas sugestões bíblicas de como fazer esta auto-avaliação, mas por enquanto é só.
Forte abraço
Shalom
imagem: estudo para "Santa Ceia" de Leonardo da Vinci